sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

+ UM

Tempo que te quero tempo!

Hoje, excluído dos braços de Morfeu, insone, não considero o tempo que o relógio marca, e zarpo para um patamar mais livre de mensuração. Abraço esse momento como se fosse o último, e é, sei disso, pois só temos o próximo e... Já era, estamos em outro passado momento. Vem outro e... Ah! Essas séries numéricas, que vão dando volume a tudo, comprimento, peso, valores sem valor algum. Lembro-me bem de quando estive criança pela última vez. Foi agora a pouco. Já passou? Pois é, sempre é um passado, um momento. Momentos eólicos, filho do vento, medido pelo sentimento de nossas narinas. A vitamina dos nossos pulmões.

Escorrem pelas nossas rugas o tempo velho que a ferrugem não acha. O descanso na ferrugem? Ou o nada? A estrada, coitada, parada, assiste a tudo por cima do mundo e por baixo de quem por ela passa. Passam bois, passam boiadas. Apertadas em carros de carga, boi-gente, gente rebanho, povo manada. A seguir. A ir, adiante. Onde alguma vaca expõe seus cornos, e levanta sua cabeça, apontando para o próximo curral. Só pastagem. Estomago cheio, e mente vazia. Mas o alimento é a gratificação da métrica do nosso dia-dia. Assisto a tudo, de cima de um muro que separa as idades. Idade dos espertos, idade dos covardes, idade da malandragem, idade das viagens e, essa sim, é de outra margem. Pontos de passagens, buracos negros que interceccionam com outros universos. Multiversos, tudo e nada. É, é a estrada que vai do nada ao nada, carregando em si, a soma de tudo que é, ou não, por nós, realizado. Verdades mentirosas. Mentiras verdadeiras que satisfaçam a cada necessidade do aplicativo, viver.

Muito, tenho pouco para contar. Tanto, quase nada sei decorado, mas, satisfaço algumas rimas, faço um traço e quebro o mote. Quando não tenho assunto para nada, fico só, com as muitas algumas coisas que se aproveitam. Já é madrugada de sexta, e o fim de semana se aproxima que, findará numa outra semana que virá e, do início, ao fim, já sabemos as suas rimas... Será? E o tempo? Como segue a diante? Sempre atrasado para o próximo instante, queimou no que passou, vão-se as horas. Cada músculo com seu ritmo, cada canto com seu encaixe, cada lápide marcando um zerar de vida. Vida de herói, vida de covarde, vida bandida. Arranca as tripas, puxa pela jugular um tanto da aorta, tritura os ossos e, da alma, retorce o verso. Uma verdadeira titanomaquía...




L E U D O l e u d o Leudo!


Algumas horas antes da passagem de meu Pai!