quarta-feira, 13 de agosto de 2008

INVENÇÃO

Quero uma mulher, uma mina:
Uma Carolina do mestre Luiz Gonzaga.
Uma Beatriz, de raiz.
Uma Capitu,
Uma Vera gata,
De preferência inexata.
Pode ser uma que chuta lata.
Mulata tanajura, com doçura.
Uma gravura,
Uma pintura
Ou mesmo grafitada.

Signo de explosão tatuado Nas pálpebras,
E na mão;
Nos flancos, um vibrar de batida de coração.
Ah! Uma Neuza Deusa
Todas devem ter olhar de sedução
Que me tire O chão
Que me livre do alçapão
Uma paixão transcendental
Como já não mais há igual.

Uma Marisa aos montes, uma Gal
Soprando amor no meu ouvido
Como já não há mais.
Ises sem vertigem
Carmem crua
Marta nua
Todas guiadas pelas variações da lua
Clara chama silente ardendo meu sonhar.

Que corram na minha rua, nuas,
nas Fases cheias.
Uma sereia Luiza, Possi, Bethâneas
Marias Faceiras!
Deitadas na areia de qualquer litoral
E me diga que sou delas, o tal.

Para um romance normal,
Aventureiro,
Certeiro,
Confiante,
Uma música para uma estrela dançante.
Que possam ser devoradas por fados;
Quem sabe, um sopro de um tornando.
Tornando mais suave a aragem
E o resto... Ah! O resto é sem margem.
LEUDO 29/09/07

Floriosofiando






Floripa dos portais.
Como que em tinta, pinta-se, em vitrais.
Amor de outros Portugais,
Porto-Floripa


Floripa é uma mulher.
Coimbra e Hélida a quem souber!
Aprendi com elas a dizer, adeus saudades.
As pus, no morro da cruz,
Nos dias de sol,
Em fins de tarde.


Às vezes fico pensando...
Floripa, para onde estamos te levando?
Crianciãos,
Aqui,
Estamos.
Mas é para o novo que apontamos!





2007-11-27