segunda-feira, 15 de outubro de 2007

HOMOFEMÁTEMA

HOMOFEMÁTEMA
(LEUDO CARVALHO)

Paraíba masculina
Mulher macho
Homem fêmea
Fênix ema
Carne seca crua
Todos na rua
Grua de possíveis poemas.

Belas cenas
Fases ternas
Faces velhas
Fartos leitos
Murchas tetas
Sol, secas.
Tambau’s, Ipanema’s
Nossas não virgens
Sem vertigens
Com lábios de mel, Iracema’s.

Nossos cinemas transcendentais,
Poemas pinceis, cinzéis; vitrais.
Se a mente é suprema
Mesmo que não pareça,
Espreme do corpo
A alma pequena.
Reflorestamos os áridos.
Vivos, idos, retornamos;
E retomamos,
O que vem dos velhos fados.

Um comentário:

Anônimo disse...

Goste. Tem ritmo, muito ritmo.